sábado, 23 de agosto de 2008

WALL OF PAIN, Galeria Graça Brandão - Porto opening 19.4.2008

foto by Afonso Figueiredo

foto by dj Cenoura

foto by Afonso Figueiredo

foto by Afonso Figueiredo

foto by dj Cenoura

foto by dj Cenoura

foto by Afonso Figueiredo

foto by Afonso Figueiredo

foto by Afonso Figueiredo

foto by dj Cenoura

foto by Afonso Figueiredo

foto by Afonso Figueiredo

foto by Afonso Figueiredo

A exposição Wall of Pain é composta por uma série de 6 desenhos sobre papel realizados entre 2006 e 2008. O título desta série, Fugitive Material, foi retirado de um termo utilizado por John Waters no livro Art. A Sex Book ( edição Thames & Hudson, 2003 ) para definir algumas peças de arte pelas quais se pagam hoje elevadas somas e que daqui a 20 anos corremos o risco de já não existirem materialmente. Na construção desta série de desenhos foram misturados cut-ups retirados do livro de Chuck Palahniuk, Monstros Invisíveis ( edição Casa das Letras, 2006 ) com um set musical do Dj Nightmare ( aka João Belga ):
Suicide - Ghost Rider
The Fall - How I Wrote Elastic Man
Antony & The Johnsons - Fistful of Love
Hollywood Brats - Sick on You
Sex Pistols - Pretty Vacant
Death From Above 1979 - Better of Dead
Bush Tretas - Too Many Creeps
Gramme - Like You
Magazine - Definitive Gaze
Chicks on Speed - Yes I Do
Ramones - Glad To See You Go
A exposição apresenta também um núcleo de 2 desenhos e 8 pinturas que compõem a instalação que dá o título a esta mostra, Wall of Pain ( Porto 2008 ). Esta instalação, ou pintura e desenho instalado, teve como ponto de partida uma frase de J. G. Ballard retirada do prefácio ao seu livro Crash ( edição Relógio D'Água, 1996 ):
Num certo sentido, a pornografia é a forma de ficção mais acentuadamente política, dado que demonstra como nos usamos e exploramos uns aos outros da maneira mais impiedosa. (...) um aviso contra esse reino brutal, erótico e cruamente iluminado que nos lança apelos cada vez mais sedutores das margens da paisagem tecnológica onde nos movemos.
Com esta exposição pretendi criar um retrato mental espontâneo da vida contemporânea, uma realidade urbana carregada de referências iconográficas aos novos deuses híbridos, que misturam o niilismo punk do do it yourself com o quotidiano oníricamente cínico da cultura neo-pop.
Dá-me enfado existencialista e desinteressado.
Flash.
Dá-me intelectualismo desmedido como um mecanismo para resistir.
Flash.
Chuck Palahniuk in Monstros Invisíveis

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